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Taxa Selic a 15%: sem novidades! O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a Selic em 15% ao ano, confirmando a política de juros elevados diante do cenário de inflação persistente e incertezas externas. Essa decisão tem reflexos diretos para consumidores, empresas, investimentos e o câmbio no Brasil.
A decisão era amplamente esperada, mas o comunicado transmitiu uma postura de cautela reforçada, sem indicação clara de cortes no curto prazo. Confira neste artigo!
Embora parte do mercado esperasse uma sinalização mais branda, o Banco Central preferiu manter o discurso firme e um posicionamento voltado à preservação da credibilidade e do controle inflacionário.
O principal argumento para a manutenção dos juros altos é o de que as expectativas de inflação seguem desancoradas. Ou seja, os agentes econômicos ainda não acreditam plenamente que o índice de preços convergirá de forma sustentada para a meta de 3%.
Mesmo com um IPCA em desaceleração no curto prazo, núcleos de inflação (que excluem itens voláteis como energia e alimentos) permanecem pressionados, principalmente nos serviços e no setor de habitação. Essa rigidez preocupa o Copom, pois sugere que a inflação subjacente ainda está acima do desejável.
O relatório Focus, divulgado pelo próprio Banco Central, reforça esse ponto: projeções de inflação para 2025 e 2026 seguem acima da meta: 4,5% e 4,2%, respectivamente. Para o Copom, portanto, não há espaço para reduzir juros sem o risco de desancorar de vez as expectativas.
Outro fator que reforça a decisão é a resiliência da economia brasileira. Apesar de uma desaceleração gradual em alguns setores, o mercado de trabalho permanece aquecido, com taxa de desemprego próxima de 7,4%, segundo o IBGE — o menor nível em mais de uma década.
Essa combinação de renda em alta e consumo aquecido mantém pressões inflacionárias em serviços e impede a queda mais rápida dos preços. Além disso, o crescimento acima do esperado do PIB no primeiro semestre de 2025 indica que a política monetária ainda não se traduziu integralmente em desaquecimento da demanda.
A decisão do Copom também leva em conta riscos internacionais. Em um cenário de volatilidade global, com tensões geopolíticas, incertezas sobre os juros americanos e eventuais tarifas comerciais entre grandes economias, o Brasil enfrenta um ambiente menos previsível para o câmbio e o fluxo de capitais.
O comunicado do Banco Central chamou atenção para a “taxa de câmbio persistentemente mais depreciada”, o que pode repassar pressão inflacionária via preços de importados e combustíveis. Assim, um corte prematuro da Selic poderia acelerar a desvalorização do real, alimentando um novo ciclo de alta nos preços domésticos.
Apesar de alguns recuos nas projeções de inflação, o mercado já descarta cortes em 2025 e estima que o primeiro movimento possa ocorrer apenas em 2026.
Alguns gatilhos para cortes: inflação convergindo de fato para meta (~3%), melhora sustentada no hiato de produto, ou cenário externo mais favorável. Enquanto isso não ocorrer, juros permanecem elevados.
Mais que a decisão em si, o texto do Copom importa para o mercado, porque mensagens indicando “período prolongado” de juros altos reforçam essa percepção.
Caso haja deterioração fiscal, aumento descontrolado das expectativas de inflação ou choque externo forte, o Copom não descartou nova alta.
Assim, dentro de um cenário de expectativas inflacionárias desancoradas, riscos externos persistentes, o ciclo de juros altos permanecerá por um tempo. O impacto imediato é um ambiente de crédito mais caro, consumo moderado e investimentos cautelosos, enquanto a renda fixa se mantém atraente. Além disso, a possibilidade de cortes deve acontecer a partir de 2026, quando houver sinais consistentes de convergência da inflação à meta.
Quer dizer que a taxa básica de juros da economia brasileira está em 15% ao ano e será mantida nesse patamar no curto prazo, segundo decisão do Copom.
Sim. O Copom deixou clara a possibilidade de nova alta caso os dados de inflação ou câmbio se deteriorem.
A previsão mais provável é em 2026, se a inflação se aproximar da meta e o cenário externo colaborar. Cortes em 2025 são considerados improváveis.
O Copom manteve a Selic em 15% porque considera que as expectativas de inflação ainda estão desancoradas e que reduzir juros agora poderia colocar em risco o controle de preços. A decisão busca garantir estabilidade e preservar a credibilidade da política monetária.
A renda fixa ganha destaque, oferecendo retornos reais elevados. Já o mercado de ações tende a sofrer, pois o custo de capital mais alto reduz o interesse por ativos de risco e o potencial de valorização das empresas.
Fonte: InfoMoney
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