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O compulsório da poupança acaba de ganhar novas regras. O Banco Central anunciou uma atualização importante nas normas que determinam quanto os bancos precisam manter retido da poupança junto à autoridade monetária.
A medida reduz gradualmente a alíquota do compulsório, de 20% para 15% até 2027, além de criar um incentivo direto ao crédito imobiliário. Assim, se permite que parte dos recursos aplicados em financiamentos habitacionais seja deduzida da exigência de recolhimento.
Na prática, a mudança libera mais dinheiro para o sistema financeiro, estimula a oferta de crédito e pode aquecer o mercado de imóveis, especialmente em um momento em que o governo busca impulsionar o setor habitacional com novas linhas voltadas à classe média.
O Banco Central anunciou nesta semana um mecanismo que determina quanto dos depósitos feitos pelos clientes deve ser mantido imobilizado junto à autoridade monetária.
A principal mudança é a criação de uma dedução para as instituições financeiras que utilizarem recursos da poupança em operações de crédito imobiliário. Ou seja, na prática, se os bancos direcionarem parte desses recursos para financiamentos habitacionais poderão abater até 5% do valor aplicado da exigência total de compulsório.
Assim, se instituição aplicar dinheiro da poupança na concessão de crédito para compra ou construção de imóveis, ela precisará deixar menos capital retido no Banco Central. Esse incentivo libera parte dos recursos antes imobilizados, aumentando a liquidez e estimulando a oferta de crédito no mercado imobiliário.
Além da dedução, o governo confirmou uma redução gradual da alíquota do compulsório, que cairá dos atuais 20% para 15% até 2027. Por isso, essa mudança amplia a capacidade dos bancos de transformar os depósitos em financiamentos habitacionais, em linha com o novo programa de crédito voltado à classe média.
Uma das mudanças mais relevantes nas novas regras do compulsório da poupança é o fim da exigência de que 65% dos depósitos sejam destinados, obrigatoriamente, ao crédito imobiliário.
Por isso, essa flexibilização permite que os bancos tenham mais autonomia para decidir como utilizar os recursos captados pela poupança, equilibrando suas carteiras e fontes de financiamento de acordo com o cenário econômico e a demanda do mercado.
Com o novo modelo, as instituições financeiras passam a poder diversificar os instrumentos de captação, utilizando alternativas como:
Na visão do Banco Central, o objetivo é permitir que os bancos utilizem seus recursos de forma mais estratégica e flexível, tornando o mercado de crédito imobiliário mais competitivo e dinâmico.
Entretanto, a flexibilização vem acompanhada de maior responsabilidade e fiscalização. Por isso, o Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban) será o responsável por acompanhar o cumprimento das novas regras e aplicar penalidades em caso de descumprimento.
A medida do BC está alinhada ao novo programa de crédito imobiliário do governo federal, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Além disso, o programa prevê financiamentos para imóveis de até R$ 2,25 milhões, com taxa de juros anual de 12% e possibilidade de financiar até 80% do valor da residência pela Caixa Econômica Federal.
Segundo estimativas oficiais, o novo modelo deve liberar até R$ 111 bilhões em financiamentos no primeiro ano, um aumento de R$ 52,4 bilhões em relação ao sistema atual.
Essas mudanças representam um movimento pró-crédito habitacional e podem gerar efeitos positivos tanto para o mercado imobiliário quanto para os consumidores:
Embora as novas regras do compulsório da poupança tragam um claro impulso ao crédito imobiliário e à liquidez do sistema financeiro, o movimento não está isento de desafios.
Para quem pretende financiar um imóvel, as novas regras podem significar maior oferta de crédito e condições mais competitivas, sobretudo nos grandes bancos. Assim, isso pode resultar em taxas mais atrativas, prazos mais longos e condições facilitadas para o consumidor.
Com mais liquidez, é possível que surjam linhas de crédito mais atrativas, com prazos alongados e taxas menores, especialmente nas faixas de renda intermediárias. Por isso, esta medida se alinha ao novo programa de crédito imobiliário do governo federal, que mira imóveis de até R$ 2,25 milhões e busca facilitar o acesso da classe média ao crédito.
Por outro lado, a sustentabilidade dessas condições dependerá do cenário econômico. Ou seja, se a inflação ou o risco fiscal aumentarem, o custo do crédito pode voltar a subir. Por isso, o equilíbrio fiscal e a confiança do mercado serão determinantes para que o crédito continue acessível nos próximos anos.
Assim, para o consumidor, é o momento de acompanhar as oportunidades no financiamento habitacional, comparando condições e analisando se vale mais a pena financiar, consorciar ou investir, de acordo com o perfil e o planejamento financeiro.
É a parte dos depósitos que os bancos precisam manter no Banco Central. Serve para controlar a liquidez e garantir segurança ao sistema financeiro.
O Banco Central criou uma dedução de até 5% no compulsório para bancos que financiarem imóveis e reduziu a alíquota de 20% para 15% até 2027. Também acabou a exigência de que 65% da poupança vá obrigatoriamente ao crédito imobiliário.
Pode haver mais crédito disponível e juros menores. Os bancos terão mais liquidez e poderão oferecer condições mais competitivas no financiamento habitacional.
Não necessariamente. A tendência é de queda, mas inflação, risco fiscal e juros básicos ainda influenciam o custo final do crédito.
A medida complementa o novo programa de crédito imobiliário, ampliando os recursos disponíveis para financiamentos da casa própria.
A redução do compulsório será gradual até 2027, então o impacto maior deve aparecer a partir de 2026, com mais crédito no mercado.
Sim. Competição excessiva entre bancos pode elevar a inadimplência. O Banco Central vai fiscalizar para evitar abusos.
Fonte: Poder360
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